domingo, 13 de dezembro de 2009

A Biologia do Tantra

O instinto da preservação da espécie é mais forte que o instinto da sobrevivência, aquele que arrisca a vida para salvar a família e a prole, o animal que luta pela liderança da manada (leia-se direito de acasalar) e o macho que enfrenta a morte para fecundar a fêmea deixam claro que a pulsão sexual é maior que o medo da morte.

Para a natureza o indivíduo é descartável, a espécie não. A espécie deve ser preservada a qualquer custo. Se for útil à espécie, a natureza pode eliminar milhões de indivíduos. Exemplo disso são as sociedades de insetos; quando milhões de formigas ou de abelhas se sacrificam voluntariamente pelo bem do formigueiro ou da colméia. O ser humano pode se comportar de modo semelhante em guerras tribais entre nações ou na defesa do planeta.

Numa experiência com trutas colocaram-se algumas fêmeas prontas a desovar num aquário circular onde se simulava uma corrente. As trutas mantiveram-se nadando contra a corrente, sem parar, desovar ou se cansarem. Uma truta retirada desse aquário e colocada em água parada desovou e morreu de cansaço em seguida. As restantes mantiveram-se nadando contra a corrente no outro aquário por um período de tempo muito superior. Esta experiência é um exemplo do peso da procriação - utilidade do indivíduo para a espécie e o que isso pode significar entre a vida e a morte.

Em outras espécies o zangão, louva-a-deus, alguns tipos de aranha, os machos são mortos pela fêmea após a fecundação, pois cumprido o seu papel deixam de ter utilidade para espécie. A natureza descarta o indivíduo, mas preserva a espécie, pela lei natural, quando um indivíduo se reproduz cumpre a sua missão perante a espécie e o seu organismo acelera a decadência no sentido da morte.

A natureza descarta o indivíduo, mas preserva a espécie, pela lei natural, quando um indivíduo se reproduz cumpre a sua missão perante a espécie e o seu organismo acelera a decadência no sentido da morte.


Prolongar o ato sexual faz o corpo segregar hormônios em abundância. Reter o orgasmo cria artificialmente um estado de permanente disponibilidade para a reprodução. Como a natureza preserva o reprodutor por ser útil à espécie, esse indivíduo será resistente a doenças, envelhecimento e até acidentes, pois mantém seus reflexos e a inclinação a Eros (impulso de vida) e não a Tânathos (impulso de morte).

Quando o impulso de Eros é predominante, o indivíduo manifesta mais disposição para a vida, vitalidade, saúde e menos depressão.

ANIMAIS DISPUTAM A LIDERANÇA DO BANDO

(DIREITO DE ACASALAR)

O MACHO DA VIÚVA NEGRA É DEVORADO APÓS A FECUNDAÇÃO

AO REPRODUTOR

EROS = IMPULSO DE VIDA


A diferença entre os humanos e os outros animais é que os primeiros podem interferir nos processos naturais, enquanto que os outros são levados pelo instinto, quando sente o impulso fisiológico, acasala e tem uma relação sexual trivial. O ser humano “espiritualiza” o instinto com sentimentos elevados, poesia, paixão e arte. O amor é uma aproximação com Deus.

No reino animal observamos que os indivíduos aptos à reprodução (com muitos hormônios sexuais) são mais exuberantes e mais fortes.

No sexo tântrico busca-se um efeito semelhante, ao aumentar ou preservar a quantidade de hormônios sexuais presentes no organismo.

É importante mencionar que a abstinência sexual não tem o mesmo efeito, já que a natureza tende a desativar as funções não utilizadas. Se as gônadas deixarem de segregar os preciosos hormônios, o indivíduo poderá perder vitalidade. Na via seca do tantrismo isso não acontece porque a abstenção é mantida por um período de tempo apenas ou porque a energia é transformada e reabsorvida por práticas alquímicas.
O mecanismo biológico do tantra baseia-se em manter altos níveis de hormônios sexuais através da técnica de produzir excitação e conter o orgasmo. Ao manter a energia (em vez de deixá-la esvair-se), o organismo mantém uma disposição constante para o ato sexual, pressuposto da reprodução, por isso a natureza o protege e preserva.

Diferença entre cavalheirismo e atitude tântrica

O homem deve abrir a porta do automóvel, puxar a cadeira ou ceder a passagem à mulher com propósitos diferentes do cavalheirismo. Originalmente essa atitude era uma necessidade por incapacidade da mulher que usava roupas que dificultavam os movimentos ou quando exercitar-se e transpirar era uma falta de refinamento. No Tantra esse procedimento é uma reverência à mulher considerada uma divindade encarnada.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

O TOQUE TERAPÊUTICO E OS HORMÔNIOS

Cerca de 40 hormônios diferentes produzidos pelas adrenais, tiróide, pâncreas, fígado, baço, rins entram na corrente sangüínea, cada um com uma missão diferente, da manutenção do peso e controle do crescimento à defesa imunológica. Esses mensageiros bioquímicos interferem sobre órgãos e tecidos equilibrando-os ou executando tarefas específicas como preservar, manter, modificar ou melhorar o ser humano.

As moléculas hormonais possuem “memórias comportamentais” e impõem ao sistema nervoso padrões que, no cérebro, resultam em produtos mentais, emoções, ações, pensamentos e impulsos que constituem a nossa consciência.

Hormônios e neurotransmissores transmitem impulsos eletroquímicos que regulam, acionam e controlam todo o organismo. O processo é interdependente e a produção, circulação e equilíbrio de um hormônio depende de outros hormônios.

A OCITOCINA, secretada pela hipófise posterior, é encontrada em todos os tecidos do corpo e está ligada ao contato físico. Quando produzida desencadeia a liberação de outros hormônios.

Tem grande importância durante o parto e seus picos ocorrem durante o orgasmo e a amamentação (no aleitamento, faz com que o leite materno seja ejetado logo após o toque do bebê no seio).

Como é um hormônio ligado ao toque, acompanha-nos desde o nascimento até a morte, só desaparecendo quando não somos mais acariciados. E os momentos em que melhor mantemos contato físico acontecem durante a fase do parto, amamentação e o coito por toda a vida. É por isso que abraçar e acarinhar são tão importantes para a nossa saúde e a escolha de quem nos toca é vital. Trocar carícias com quem não queremos não libera ocitocina. Esse hormônio, no homem, acelera a ejaculação e aumenta a sensibilidade do pênis.

A ocitocina também age em conjunto com os estrogênios aumentando a sua ação. Assim se explica por que uma mulher bem-amada por um homem de quem gosta tem maiores possibilidades de não ter deficiência desse hormônio.

A atividade sexual saudável é o maior estímulo para a sua produção, quanto maior o contato físico, maior o índice de ocitocina.

O prazer aumenta a nossa sensibilidade aos ferormônios do parceiro que, por sua vez, fazem aumentar a serotonina, molécula do “bem estar” e do desejo das coisas boas da vida.

A massagem é uma terapia que estimula a circulação dos fluidos corporais, induz o relaxamento, conforta e proporciona, quando o toque é agradável e prazeroso, bem estar resultante da produção de ocitocina.

A massagem reforça as defesas do organismo, realça a beleza do corpo, oxigena a pele e rejuvenesce.

Bibliografia: Dr. Eliezer Berenstein "A INTELIGÊNCIA HORMONAL DA MULHER Ed. Objetiva

terça-feira, 26 de maio de 2009

Vegetarianos radicais são magros, mas sadios, diz estudo

WASHINGTON (Reuters) - As pessoas que adotam uma dieta vegetariana radical, com o consumo apenas de alimentos crus, são magras, mas surpreendentemente saudáveis, disseram pesquisadores norte-americanos na segunda-feira.

Embora nutricionistas e a indústria de alimentos alertem que uma dieta sem laticínios possa provocar osteoporose, a equipe da Escola de Medicina da Universidade Washington, em Saint Louis, concluiu que os "vegans", como se intitulam, têm ossos fortes.

"Achamos possível que estas pessoas não tenham um risco maior de fraturas, mas que sua baixa massa óssea esteja relacionada ao fato de que elas são mais leves, porque ingerem menos calorias", disse Luigi Fontana, que liderou o estudo, publicado na edição desta semana da revista Archives of Internal Medicine.

Esses vegetarianos só consomem alimentos derivados de plantas, desde que não tenham sido cozidos, processados ou alterados. "Por causa do seu baixo consumo de calorias e proteínas, eles têm um índice de massa corporal (IMC) baixo e um baixo nível de gordura corporal. É bem documentado que um IMC baixo e a perda de peso estão fortemente associados com a baixa massa óssea e a um risco maior de fraturas, enquanto a obesidade protege contra a osteoporose."

O grupo estudou 18 vegetarianos radicais com idades entre 33 e 85 anos. Todos eles só consumiam legumes, frutas, nozes e grãos germinados, sempre crus. Em média, mantinham essa dieta há 3,6 anos.

Os pesquisadores compararam-nos a 18 norte-americanos "comuns". Os vegetarianos tinham IMC médio de 20,5, enquanto o outro grupo estava levemente acima do peso -- IMC 25. Considera-se que uma pessoa está no peso ideal quando seu IMC (o peso dividido pelo quadrado da altura) fica entre 18,5 e 24.

Fontana esperava que os "vegans" tivessem baixos índices de vitamina D, devido à ausência de alimentos de origem animal na sua dieta. Mas, na verdade, os índices de vitamina D desse grupo eram "marcantemente maiores" do que na média.

A vitamina D é produzida pela pele quando o corpo é exposto ao sol. Essa substância é essencial para a manutenção dos ossos. Devido à sua importância, ela é acrescida nas indústrias ao leite e a outros alimentos.

"Estas pessoas são bastante inteligentes para se exporem à luz do sol a fim de aumentar suas concentrações de vitamina D", disse Fontana.

Além disso, esses vegetarianos têm índice baixo da proteína C-reativa, uma molécula inflamatória que está sendo vinculada a ataques cardíacos, diabetes e outras doenças crônicas. E, para completar, eles têm índices menores de IGF-1, um fator de crescimento ligado ao risco de câncer da próstata e das mamas.

Fontana, porém, não defende a dieta com alimentos crus. Mas afirma que, para evitar o câncer e as doenças cardíacas, as pessoas deveriam comer mais frutas, legumes e grãos integrais. voltar (www.aila.org.br)